domingo, 31 de outubro de 2010

31 de outubro. Halloween. Eu deveria fazer algo em homenagem, algum conto, alguma crônica. Mas nada me veio à cabeça até o momento. Quem sabe enquanto escrevo possa pensar, mas veremos. O tempo no mínimo não está ajudando tanto. Tudo bem, está ventando, mas o céu está limpo e o sol brilhando na minha cara. Calor, um dia tranquilo e os passarinhos cantando. Talvez seja por isso que não estou tendo inspirações macabras. Pretendo assistir a um filme que todos sempre comentam como é bom, e como dá medo, um clássico, que não acredito que não vi até hoje. O iluminado. Veja só, a inspiração chegou.

Uma noite calada, minha casa vazia, queria sair, mas lembro que não há nada, nem ninguém a minha volta. Pensamentos perturbadores, vozes não se calam. Não imagino de onde elas vem, mas não me deixam em paz desde que cheguei. Parece que já me acostumei, obedeço o que mandam, e fica tudo bem. Até que querem mais e é isso que lhes dou. É provável que eu não deva fazer, mas não há realmente ninguém para me dizer ou ao menos tentar me deter. Não estou fazendo mal a ninguém, somente acalmando almas atormentadas que se alimentam de vícios da carne que não existem no além.


Happy halloween!

xoxo Thai Sudano

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Inteligência.

O que a inteligência representa? Não sei ainda como posso analisar. Uns vêem com relação à seus feitos sociais, seu caráter e seu modo analítico e perfeccionista de viver. Outros podem te considerar um extremo idiota por apenas não aproveitar tudo que pode. E tem também aqueles mínimos que todos pensam serem perdidos, ou até um pouco fora de si. Eu me pergunto, não serão estes os mais inteligentes? Ou no mínimo, que mais dão valor as perguntas internas que deveriam ser feitas por todos, mas a maioria nem sonha que existam?
Durante muito tempo a sociedade tem dado prioridade intelectual aos que passam horas de seus dias presos em seus escritórios, bitolados em seus empregos, que aprenderam tudo que fariam ali em uma faculdade. Enquanto muitos destes tais perdidos, estão criando novas filosofias, novas ideologias de vida. Afinal, viver é somente estudar, trabalhar, criar seus filhos e morrer? Se fosse só isso, realmente viver não teria sentido, pois por fim, seria igual para todos. Não haveria nada para aprender, nada para realmente viver. Seria praticamente um esquema, uma rotina constante.
Os tais perdidos são assim vistos por na maioria das vezes serem aqueles que tratam algum problema psiquiátrico que desenvolveu ao longo da vida, por usarem certos tipos de drogas não muito comuns ou até por beberem um pouco mais que o normal. Entretanto não fazem por pura curtição, por pura vontade de auto-destruição. Todas estas perguntas, tudo isso que lhes perturba diariamente, todos estes pensamentos que não podem comentar ou tentar discutir com alguém, afinal, não costumam entender, ou no mínimo darem a importância necessária. Tudo isso faz com que procurem ter algum segundo de alívio, algum momento que possam se sentir relaxados, ou ao menos possam fugir de pensar tanto.
Muito deve ser pensado ainda. Mas não custa dar início a estas mentes paradas de certos perfeccionistas bitolados.













#thinkabout

xoxo Thai Sudano

domingo, 24 de outubro de 2010

Ele

Desejando mais, ansiando por uma continuação. A percepção do presente só lhe fazia acreditar o quão principiantes ainda somos no quesito viver, e o longínquo caminho de pedras desalinhadas que ainda precisamos percorrer. Os gritos de liberdade vindos do subsolo, os murmúrios insaciáveis dos pobres carregadores de todos os erros, a dor de todos aqueles que a vida se resume a empurrar o mais forte possível todos os pecados cometidos por seus próprios entes queridos. Não suporta mais, seus tímpanos estão a um passo do estouro perpétuo, estão suplicando por um pouco de paz. A única coisa que pede, tentem por um único segundo pensar como um ser que pretende algo realmente notável e necessário, que pretende algum momento se livrar da dependência e re-surgir neste mundo de cinzas tão antes desabitado.

sábado, 23 de outubro de 2010

Dentro...

Presa em um único ponto extremamente distante, quase impossível de alcançar, lá estava toda sua coragem, toda sua vontade de continuar. Contido por correntes invisíveis, entretanto dolorosamente cravadas em seus braços continuava sua tentativa, não pensava em desistir por um único segundo. Aquelas não seriam tão mais fortes que ele, que seus sonhos, ou qualquer outro sentimento que o movesse para tudo que imaginara para si. Estava decidido, e não importava quanto iria demorar, contanto que tivesse tentado, já seria uma vitória grandiosa para alguém como ele, que todos haviam sempre desacreditado por tanto tempo.







Fui obrigada a retirar meus contos do blog, pois pretendo colocá-los em concursos que não permitem postagem anterior destes em nenhum local.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Think about.

Essa nunca foi a maneira que eu esperei acabar. Essa nunca foi realmente a minha vontade, seguir sem enfrentar. Às vezes é necessário não só um tapa, mas uma surra para percebermos o que temos deixado para trás, tudo aquilo que poderia já estar comigo antes mesmo do que todos imaginam. Sempre pude, sempre tive, nunca utilizei de maneira correta. São testes indiretos feitos em todos nós, e se não percebermos sempre escolheremos o que não devemos. Não digo que não sabemos o que deve ser colocado na frente, simplesmente fingimos ingenuidade e usamos esta como desculpa para erros muito antes previstos. No momento só achamos possível pensar no presente e esquecemos que o presente fará a única diferença em todo nosso futuro. Não é tão difícil como mostramos ser, são apenas fugas do que sabemos que deve ser feito.

domingo, 10 de outubro de 2010

Vivi

Nasci. Olhei. Senti. Chorei. Ri. Engatinhei. Descobri. Andei. Ouvi. Falei. Corri. Dancei. Aprendi. Ensinei. Conheci. Amei. Sofri. Superei. Envelheci. Trabalhei. Retribuí Casei. Cresci. Criei. Dormi...Vivi.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Foi

Se via perdido, e doía-lhe o peito. Não conseguia ver muito bem, mas sabia que algo havia mudado. Estava pesado como chumbo, entretanto não sentia-se preso a um chão. Tenta se levantar, mas não sabia como ou onde se apoiar.
Não havia vento, sol, frio ou calor. Não sabia se estava sozinho ou se havia algum caminho a seguir. A única coisa que queria descobrir era como foi parar ali.
Começa a se lembrar. Uma garrafa de vinho, um maço de cigarro, sua cama ensanguentada e segurava uma faca. Esta foi a noite anterior.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

My truth

This time I can't forget
Even you pretending I weren't there
You was my only friend
My security place and I don't understand

I didn't do anything
I really believed you was with me
My home was with you
The only one who listen what I need to

I miss you and your truth
I miss what you used to tell me
I miss your house and everything
We've lived there and when we were thirteen

You were my only friend
I could tell you what I've pretend
My hole life I did what
You helped me and then I forgot

I miss you and your truth
I can't do anything 'cause you don't miss me too





xoxo Thai Sudano