segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dimensão tão distante

Sinto uma agonia correr por todo meu corpo, um tormento toma conta de mim e não vejo caminho de fuga. Desmorono e não sei como levantar. Esta sensação consegue plenamente me devastar. Parece não ter fim, esse sentimento de que não há caminho pra mim. Uma roda gigante de rotas sem solução, um futuro sem nenhuma resolução. Pareço não ter onde ir, não ter o que fazer, a quem seguir, por onde evoluir. Vejo tantas almas vagando por aí, me sinto uma delas, sem percepção de nada que possa me tirar daqui. Consigo sentir um final sem nada construir, somente esse vazio que torna a me perseguir. Me perco nos sons, as melodias são quem me fazem pensar, e ao mesmo tempo me transportar. Me vejo em um lugar onde não estou. Todos a minha volta parecem outra dimensão, parecem viver algo que não me pertence, algo que nunca vou alcançar. Sou um bloco de decepção que se localiza ao meio de todos que tentam me fazer voltar. Não enxergo mais como me encaixar nesse mundo perplexo e constante. Essa vida monótona que os vejo diante.







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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tudo e nada

Me vejo perdida, numa vida cheia de possibilidades e vazia de sensações correspondidas. Estou no caminho, tenho tudo direcionado, tenho aquilo que devia estar a mim destinado. Já tenho o que seguir, a quem ouvir e aonde ir. Já tenho o que devia ser o suficiente, o que devia me dar aquela calma, aquele momento relaxado, aquela sensação de que está tudo solucionado. Isso me apavora, me deixa completamente transtornada, me coloca ansiosa, quase o suficiente para desistir. Não sei como expressar, muito menos como agir. Sigo no caminho traçado sem saber muito bem aonde ir. Sinto que falta alguém aqui.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Paz subjetiva

Contando com o que viria, estava ali, parada, sentada, num jardim sem fim. Esperava o que não sabia, no meio de todo aquele florido, no meio de tudo aquilo que parecia tão lindo. Esperava algo que a fizesse acreditar que realmente era tudo o que precisava. Tranquilidade, paz, sempre foram as cobiças dos homens, ela os tem, mas então? Está feliz? Está plenamente completa? Se sente vazia, sem sentido, sem motivo para viver. Se está tudo tão perfeito, o que devo fazer aqui? Enlouquecer? A perfeição a angustiava, não havia desafio, não havia algo para se dedicar. Tudo estava completo, perfeitamente localizados, mais do que nunca, a paz reinava. Isso a fazia procurar algo que fizesse para poder depois ter que consertar, alguém que pudesse ajudar. Não fazia sentido estar ali, não havia o que enfrentar. Pela primeira vez se viu mais perdida do que nunca. Não aguentava mais, começou a correr, arrancar toda aquela perfeição, destruir tudo aquilo a sua volta, a si mesma. A loucura tomou conta de si, quando viu já não restava um ponto de perfeição, isso sim a fez se acalmar. Deitou naquele chão sem mais sinal de vida, fehcou os olhos e finalmente conseguiu um tempo para dormir.









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