terça-feira, 3 de maio de 2011

Besta encapuzada

Quente e confusa, parece não se encontrar, uma donzela, uma besta encapuzada. Impossível de identificar. Ela aparece no salão, todos parecem se chocar, ou pela beleza, ou pela energia que chega a exalar. Um ar de paixão e tristeza, um sentir de raiva e sensualidade. Aquela mulher que a todos impressiona, aquele ser de quem não se consegue fugir. É como algo totalmente incontrolável, não precisa abrir os lábios, o falar para ela é algo desnecessário. Enquanto caminha portões a dentro, já tem o alvo da noite marcado. Todos esperam por sua escolha, o olhar o carrega e não se desespera. Sabe as conseqüências, mas não exita a se levantar e se direciona a esse fim que sabe poder lhe matar. As feridas que sabe poder logo após carregar não lhe importam pelo prazer que lhe é confirmado receber. O olhar de todos pregado no casal momentâneo que acabara de se formar, ao mesmo tempo carregado de pena e inveja. A inveja por não haver dúvida do que ela pode proporcionar, mesmo que depois se desfaça, durante faz-lhe sentir como o perfeito par. Começa a dançar, como se ainda fosse necessária a parte da sedução a muito já confirmada. O leva nesses passos como se o fizesse flutuar, lhe chama em um abraço, e é como se este já chegasse a gozar. Se encaminham aos portões e todos voltam ao que se punham a praticar. Em suas mentes o mesmo Pensamento de todo luar. Ninguém pode saber se aquele pobre escolhido irá voltar.









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